COMO A INTERNET DAS COISAS PODE ENTRAR NAS ESCOLAS?

    Provavelmente já se ouviu o termo "Internet das Coisas", (Internet of Things, ou IoT, em inglês), mas sabe do que se trata? Não irei me alongar muito na definição, já que o foco do tema é a aplicação na educação, mas recomendo a visibilidade do vídeo ou acesso aos links utilizados como fonte para ter uma noção mais ampla do tema.

  Basicamente, IoT é a ideia que todo objeto pode estar conectado na internet e ganhar funcionalidades através do acesso por seu smarthphone, um simples comando de voz ou ações programadas. Para exemplificar, imagine uma casa automatizada, a mesma liga as luzes e ar condicionado assim que chega na residência, com uma temperatura já programada ou através de uma análise da humildade no momento, ou, uma geladeira com a IoT, a mesma possui uma lista de itens e quantidade que contém dentro sem mesmo ter que abri-lá, podendo acessar essa informação de qualquer local que estiver e por acaso algum dos itens que costuma usar está em falta? Simples, basta programa-lá para que realize a compra automática de algum item e em breve o mesmo estará na sua residência, sem ter que se locomover até um supermercado, selecionar o item e enfrentar filas. 


Vídeo complementar sobre a tecnologia.

   Agora que se tem uma ideia do que se trata, vamos ao que interessa: a aplicação na educação. Em uma certa disciplina, um docente me disse a seguinte frase "Um dos problemas atuais na educação é que temos um sistema de ensino do séc. XVI, professores do séc. XX e alunos do séc. XXI", uma frase simples, mas impactante, abriu minha visão para um problema antes que passava despercebido. É notável que temos um sistema de ensino ultrapassado, claro, felizmente existe muitos docentes que sempre buscam inovar e tentar relacionar a tecnologia ao componente curricular e são esses que já utilizam ou estão próximos de utilizar a IoT, inovando na maneira de ensinar. Tarefas simples, como realizar postagens em blogs, edição de vídeos, usar o próprio celular ou a realidade aumentada, auxiliando na exploração de conteúdos curriculares já desenvolve a habilidade dos alunos. 

   Para Lopes (2016), ao conectar diferentes espaços e objetos da escola, um aluno poderia (ou até mesmo já pode) utilizar o seu celular para acessar laboratórios, verificar a disponibilidade de livros na biblioteca, marcar reuniões ou  comprar lanches. Tudo isso ficaria registrado, ao mesmo tempo em que sensores no material escolar poderiam contabilizar faltas ou acompanhar o seu trajeto de volta para casa, para atender até mesmo os pais de quando se trata de crianças.

   E as opções não se limitam ai, pode ser feito uma interação direta e contínua entre alunos e professores por meio de dispositivos móveis, armazenamento de informações nas nuvens, atendimento a alunos com necessidades especiais, capacidade de personalização do ensino para os estudantes, contextualização dos conteúdos ministrados, plataforma que oferece um feedback individual de acordo com suas necessidades, , simulação com sensores, entre outros.

   Fica claro então, a gama de opções existentes. Alguns acreditam que a tecnologia pode destruir o homem e sim, é verdade, mas prefiro ter um pensamento mais positivo, direcionando para como a tecnologia pode simplificar e facilitar nossa rotina. 

“Os homens criam as ferramentas, e as ferramentas recriam os homens”.
Marshall McLuhan





Todo conteúdo da postagem é voltado para o componente curricular EDC287 - Educação e Tecnologias Contemporâneas, ministrado pela Dra. Maria Helena Bonilla, na instituição Universidade Federal da Bahia (UFBA). No caso a postagem se refere a primeira discussão que tivemos em sala de aula e ficou de livre escolha o tema para se tratar na postagem, desde que o mesmo tivesse discutido pessoalmente.

Comentários

  1. Normalmente se pensa que uma coisa é a tecnologia que se utiliza em sociedade e outra a que se utiliza na escola. Essa visão é que reforça o isolamento da escola. Precisamos é justamente trazer para dentro da escola todas as tecnologias que estão em uso na sociedade, para interagirmos com elas, aprendermos com elas, sermos críticos de suas possibilidades. Só assim estaremos formando sujeitos sociais, plenamente integrados no mundo em que vivem.

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